quarta-feira, 30 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Professor da UFAC faz doutorado em Heavy Metal



Tese pretende realizar uma análise histórica e cultural sobre o estilo

Fábio Carvalho e José Franco

Minicurso realizado na UFAC em 2010
já anunciava o tema do Heavy Metal
Ulisses James de Farias Silva, 37, é graduado em Licenciatura em História e Mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Federal do Acre (UFAC), onde leciona. Wlisses, como gosta de assinar, também trabalha no Museu da Borracha, realizando um trabalho de conservação da história e da cultura acriana relacionada ao período de exploração da borracha. Entretanto, a ligação do professor com o mundo da música acaba sendo uma de suas características mais marcantes, e consequentemente, seu próximo desafio acadêmico está diretamente ligado à sua maior paixão, o heavy metal. Wlisses irá realizar seu doutorado sobre o tema na Universidade de São Paulo (USP).

O namoro da vida acadêmica do professor com o estilo não é novo, Wlisses sempre fez questão de dar aulas usando camisetas de bandas. “É uma forma de combater a hipocrisia e o preconceito”, justifica. Além disso, o professor é responsável por diversas inserções do tema no meio acadêmico, através de minicursos e palestras que já apontavam o direcionamento de sua tese. O minicurso realizado na UFAC em 2010, “Filhos do Divórcio: O Heavy Metal no Panorama das Décadas de 1980 e 1990 no Brasil” é uma destas iniciativas, o I Fórum “A Evolução do Metal Brasileiro: Produção, Bandas, Shows, Espaços e Mídia” realizado em maio de 2011, no Museu da Borracha, é outra.

De acordo com o doutorando, a meta é fazer uma análise histórica do heavy metal como fenômeno cultural e social da segunda metade do século xx, realizando uma leitura historiográfica de como esse fenômeno aporta no Brasil, e quais características ele assume no país. “Quase que inexistem trabalhos da área de história sobre este tema. Podemos encontrar trabalhos sobre heavy metal nas áreas de música, ciências sociais, jornalismo e marketing, mas, em história não se vê”, explica o professor. Ele afirma ainda que pretende abordar o fenômeno de forma geral, sem se restringir à um único segmento dentro do estilo “além do fato de que estes trabalhos geralmente enfocam uma cidade ou um estado, ou mesmo um segmento específico do metal, o tema ainda não foi tratado de forma geral”, completa.

Professor Wlisses em sua banda 

O professor reconhece que o tema é um pouco obscuro para a maioria das pessoas, que o ignoram por desconhecimento ou por preconceito. De acordo com ele, a própria USP se intrigou com a escolha “A USP recebeu esse trabalho com curiosidade e um certo espanto pelo fato de um sujeito do acre querer abordar tal tema, totalmente desconhecido por ela”. Questionado em como este tema pode colaborar para o meio acadêmico o professor afirma que ele irá trazer à tona e para a discussão histórica um fenômeno cultural discriminado e relegado apenas a uma minoria.


Este debate, será de acordo com ele, a partir da análise histórica, com uma tentativa de interação com outros fenômenos políticos e culturais que culminaram com a criação do heavy metal e sua chegada ao brasil. O professor afirma que irá tentar comprovar que o heavy metal é um produto da crise de civilização do fim do século xx “a partir do desmonte do welfare state europeu, bem como dos ataques sofridos pelas ideologias contestadoras dos anos 60 no mundo rico, e como tal perspectiva é abordada num país periférico e cheio de contradições como o Brasil”.


Para realizar seu trabalho, Wlisses pretende realizar um trabalho antropológico, visitando todas as regiões do país. “Nessas viagens pretendo entrevistar pessoas e conseguir materiais tais como fanzines, flyers e cartazes de shows”, explica, lembrando que o material que será priorizado será aquele que for relativo aos anos 80 e 90.




Heavy Metal Brasileiro


O Heavy Metal é um estilo controverso, nascido na Inglaterra entre os anos 60 e 70, herdeiro indireto de bandas como The Who e Led Zeppelin, mas também herdeiro direto de bandas dos anos 70, como Black Sabbath, também da Inglaterra. No Brasil o estilo chegou nos anos 70, com os primeiros shows internacionais e um movimento contracultural, movido à troca de fanzines e compra de vinis e fitas k7 por correspondência, que teria seu apogeu nos anos 80.


O auge do Heavy Metal no Brasil e no mundo (neste caso principalmente ao movimento conhecido como NWOBHM) é considerado os anos 80, período em que surgiram grandes bandas do estilo e também, suas principais subdivisões, como o Speed, Thrash e Death Metal. No Brasil, as principais bandas do estilo nasceram nesta década, sendo seus dois berços mais prolíficos os estados de Minas Gerais, com bandas como Sepultura e Sárcofago, e São Paulo, com bandas como Korzus e Angra. Mas através da troca de correspondências característica da cultura, bandas nasceram e se movimentaram em todo o país, caracterizando o chamado “Underground”, considerado um modo de viver à parte dos modismos da grande mídia. Curiosamente o primeiro disco de Heavy Metal do Brasil é da banda Stress, de Belém do Pará.


O Heavy Metal no Acre (Clique para ampliar)

Revista Rock Brigade (2005)



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Hevisaurus / Saurusarmeija

Hevisaurus


Após ver a mensagem do Lobão (@lobaoeletrico) no Twitter, dizendo que "enquanto nossas crianças ouvem Restart, as crianças finlandesas ouvem isso", já fiquei a imaginar o que seria o "isso" a que ele se referia. Sei que na Finlândia o Heavy Metal é muito forte, mas achei improvável que ele se referisse à algo no estilo. Ledo engano... Achei fantástica a idéia do clip e ver a criançada se comportando com "respeitáveis headbangers adultos" foi uma sensação única...

Fuçando na net achei o site e o Myspace da banda, também encontrei algumas letras no vagalume e usei o tradutor finlandês/português do Google, não ficou perfeito mas dá pra ter uma idéia do que dizem. Quem gostar da idéia segue os links:

Myspacehttp://www.myspace.com/hevisaurus
Site: (Já coloquei o link com a tradução do Google para o português): http://www.hevisaurus.com/ 





segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ouvindo a voz do Caladinho

Escrito por Fábio Carvalho*   



Moradores anseiam por melhores condições de vida e respeito a seus direitos básicos
Moradores são  prejudicados pela indefinição na regularização do bairro
Moradores são  prejudicados pela indefinição
na regularização do bairro
O Caladinho tem pouco mais de cinco anos de existência, mas nesta curta trajetória, muitos percalços vêm delineando sua história. O próprio nascimento do bairro está ligado a uma questão polêmica, pois nasceu de uma invasão, e, até hoje a situação é indefinida. Assim, a maioria da população sobrevive em condições precárias, muitas vezes dependendo da ajuda de outras pessoas para conseguirem um mínimo da dignidade garantida por lei.

sábado, 12 de novembro de 2011

Caladinho


    
  

Caladinho...
Teu nome já diz tudo...
Tua paisagem pede socorro,
Mas não fala.
Tuas ruas,
Ah!  tuas ruas...
Não cabe em mim
A vontade de deixá-las dignas
De um lugar tão cheio de amores,
De prazeres, de sonhos...
Sei que às vezes tens vontade de gritar:
 Socorro! Ajudem-me!
Estou aqui,
Sou o Caladinho,
Vivo todas as mazelas oferecidas pela sociedade
Meus moradores passam
Situações difíceis.
À noite tudo fica um breu
Em muitas ruas
E os que não deixam os sonhos morrerem
Caminham em meus mistérios e perigos
Tentando mudar essa dura realidade,
Mas os que não têm um sonho
Estes, já vi ficando pela estrada
No meio do caminho.
E são esses: alunos, indivíduos, seres humanos?
Sei lá...
Pois os que foram eleitos por eles
Deles se esqueceram.
E são esses, que a dura realidade
Vem afastando da escola,
Que vamos buscar no Caladinho.
Caladinho
Um dia sei que vai soltar a tua voz,
Dizer o que precisa,
Lutar pelos teus sonhos
E deixar de ser caladinho
E se tornar o bairro:
Caladinho.


 Hildegardo Justiniano Bichara.
                           

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Minha primeira Charge - Passo a Passo

Estou diagramando a nova edição do Jornal A Catraia, da Universidade Federal do Acre (UFAC), e como sobrou um espaço em branco sugeri uma charge. 
As imagens abaixo retratam todas as etapas, do esboço à finalização à caneta, mas ainda está faltando à colorização, logo logo posto aqui o resultado final. 
Acho que para primeira tentativa ficou legal. :)

(Clique nas imagens para ampliar)

Esboço



Detalhamento à lápis



Finalização à caneta
Finalizado e com o lápis apagado dá outra cara



sexta-feira, 4 de novembro de 2011