segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Arquivo Morto II - O primeiro sutiã a gente nunca esquece


            Já se perguntou quantos "micos" a gente paga quando se trata de sexo? É incrível, mas são tantos, que um zôo lógico que seria pouco. Mas entre tantos, tem alguns que nos marcam mais fundo. Normalmente vergonhosos, é verdade, mas engraçados, quando tempos depois, nos lembramos deles. E é exatamente o caso desta pequena lembrança que me retorna à mente agora.
         
Minha namorada se chamava Rosa, mas da flor, ela só tinha os espinhos. Religiosa ao extremo, ia à igreja três vezes por semana. Consciência pesada, é claro, pois safada maior eu nunca vi. Gostava tanto da coisa, que era do tipo que se molhava toda só com as preliminares. Podia ser em qualquer lugar: no quarto, na laje da casa, na praça ou na sala, bastavam uns toques nos locais certos e ela se contorcia toda, como se fosse uma centopéia com cólicas. Mas admito que isso era bom, aliás, bom demais. O chato era mesmo manter a fachada de moça pura aos pais dela, pois se eles imaginassem a safadeza que fazíamos, após eu buscá-la na porta da igreja, aí não teria jeito, ou casava ou enfrentava a espingarda. Casar de jeito nenhum, levar tiro de sogro menos ainda! Por sorte, nunca desconfiaram de nada.
            Onde entra o sutiã? Ah sim, apresentada a safada que usava saia até o calcanhar para parecer pura, vamos à história que justifica o título. Mas antes, uma pequena observação: acabo de comentar sobre o comprimento da saia. Já reparou que as pessoas imaginam que saia comprida é sinal de moça correta? Mas quem, assim como eu, namorou uma dessas moças, sabe que a finalidade destas moças puras usarem estes saiões é que eles possuem duas funções: manter a fachada e facilitar nossa vida. Afinal, se alguém te pega no flagra com uma moça que usa calça, já era! Não dá tempo de se vestir e dá casamento ou espingarda. Já no caso em questão, é só levantar a saia e mandar ver, e, se alguém aparecer, é só abaixar. Prático, não?
            Certa vez, estávamos em casa, minha mãe dormia, e, eu havia mentido que estávamos sozinhos. Afinal, se ela soubesse que não estávamos sozinhos em casa, poderia não querer não. Mas, para meu azar, ela não deu mesmo assim; estava naqueles dias. Eu nem liguei, podia fazer um monte de coisas em outras áreas corporais, não é? Pois é, mas ela era moça pura, tinha coisa que não fazia, acho que para aliviar a pena quando a ira divina se abatesse sobre ela. Assim, ou eu ficava na mão ou ficava só nos carinhos. Fiquei com a segunda opção e, para infelicidade de sua saia vermelha, acabei deixando ela, digamos, mais branca. Ninguém é de ferro...
            Mas aí ela foi tomar um banho e eu fiquei deitado na cama, com os hormônios saltando pelas paredes e pensando no corpo de Rosa. Ah, como era lindo. Carnudo, peitinhos firmes e pernas grossas. Uma bunda perfeita e uma pele de neném... Carente, peguei seu sutiã e comecei a cheirar, ah, doce como mel. E aí, me ocorreu uma idéia de jerico. Coloquei o sutiã dela para fazer uma piada, ia entrar no banheiro e fazê-la rir um pouco. Já que não pudemos transar, pelo menos que nos divertíssemos.
            Mas quando ia para o banheiro, já com o sutiã preto no corpo e de resto peladão, como minha mãe me pôs ao mundo, justamente ela, minha querida mãe, pegou-me no flagra, peladão, descabelado, de pau duro e sutiã preto. Não comi a flor e ainda paguei o maior mico. É verdade, o primeiro sutiã a gente nunca esquece...  

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