Caladinho...
Teu nome já diz
tudo...
Tua paisagem pede
socorro,
Mas não fala.
Tuas ruas,
Ah! tuas ruas...
Não cabe em mim
A vontade de
deixá-las dignas
De um lugar tão
cheio de amores,
De prazeres, de
sonhos...
Sei que às vezes
tens vontade de gritar:
Socorro!
Ajudem-me!
Estou aqui,
Sou o Caladinho,
Vivo todas as
mazelas oferecidas pela sociedade
Meus moradores
passam
Situações difíceis.
À noite tudo fica
um breu
Em muitas ruas
E os que não deixam
os sonhos morrerem
Caminham em meus
mistérios e perigos
Tentando mudar essa
dura realidade,
Mas os que não têm
um sonho
Estes, já vi
ficando pela estrada
No meio do caminho.
E são esses:
alunos, indivíduos, seres humanos?
Sei lá...
Pois os que foram
eleitos por eles
Deles se
esqueceram.
E são esses, que a
dura realidade
Vem afastando da escola,
Que vamos buscar no
Caladinho.
Caladinho
Um dia sei que vai
soltar a tua voz,
Dizer o que
precisa,
Lutar pelos teus
sonhos
E deixar de ser
caladinho
E se tornar o
bairro:
Caladinho.
Hildegardo Justiniano Bichara.
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