A educação, os professores e a forma como estes veem a própria
prática docente estão em transformação, ou, ao menos deveriam.
Não se pode mais esperar uma educação unilateral, hierárquica e
de apenas uma via na informação que é transmitida. Hoje a
possibilidade de comunicação de todos para todos, a ênfase na
construção do conhecimento e as possibilidades de interação entre
professor e alunos provam que os tempos mudaram, e com eles, as
necessidades pedagógicas.
Não podemos fechar nossos olhos para a realidade e nos iludirmos que
a tecnologia moderna não afeta a forma como devemos trabalhar a
educação, ou pior, agir tecnofóbicamente, acreditando que a
educação online é o novo vilão a ser combatido pelos fiéis
defensores da tradição. Felizmente este é um quadro decrescente e,
cada vez mais pessoas percebem que a Educação a Distância não
almeja substituir os professores, mas agregar a eles possibilidades
de elevar a prática da educação com novos recursos e caminhos
diversos. Eu sou um dos que acreditam nisso.
A educação através da internet é nova, um bebê se comparada ao
método tradicional, mas em tão pouco tempo já quebrou muitos
paradigmas. É não somente possível, mas inevitável que se
cumpram os princípios de interatividade, tendência construcionista
e co-autoria entre professor e aluno, promessas enunciadas para o
sistema de educação online. É fácil constatar que o ensino virtual
está amadurecendo, e após a grande bolha da internet e a explosão
dos cursos milagrosos, que prometiam formação a preço baixo, sem
necessidade de sair de casa e até sem necessidade de dedicar tempo
aos estudos, já se começa a separar o “joio do trigo”.
O processo de ensino a distância, ou online, como prefiro dizer,
ainda está em construção, como sempre estará –espera-se, pois a
educação não é uma equação exata, onde se soma dois mais dois.
É um processo em constante mutação, onde não existem verdades
definitivas.
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